SHERNO ou memórias da guerra na Guiné |
A TRISTEZA DA HUANA E DA DANKA
Huana e a Danka começaram a ficar tristes com o meu ligeiro afastamento, a minha menor dedicação ... e assistência sexual.
Insistiam sempre em saber o motivo, mas eu dizia que andava chateado, porque via o tempo a passar que qualquer dia me ia embora e nunca mais as voltava a ver. Acalmavam‑me fazendo‑me carícias e eu acabava sempre por fazer amor com uma delas ... mas sempre pensando na Quintas ... a quem tentava a todo o custo manter fidelidade, só que também gostava muito delas e nunca me podia esquecer do bem que me tinham feito durante todos estes meses.
Depois de tanto pensar, optei por andar com as três, evitando assim magoá-las ou destruir‑lhes os sentimentos.
Passei a proceder com muito cuidado e atenção, para não melindrar nenhuma. O que aliás resultou e fomos os quatro imensamente felizes.
Eu afinal até nem estava a infringir nas leis do matrimónio Guineense porque a maior parte deles tinham cinco e seis mulheres, enquanto eu só tinha três ... o que para um Europeu era um privilégio. Mas se por acaso tivesse nascido Africano, eu, e por exemplo o Zé Bau-Bau, de certeza que tínhamos uma dúzia cada um.