SHERNO ou memórias da guerra na Guiné |
A MAIOR ALEGRIA DE TODA A MINHA VIDA
uando cheguei por volta das vinte horas, toda a família se encontrava na rua com diversas pessoas amigas, que ansiosamente me esperavam para me cumprimentarem e festejarem o meu feliz regresso.
A casa dos meus pais foi pequena para tanta gente, mas com jeito todo o mundo se acomodou.
Enquanto toda a gente comia e bebia à minha saúde, eis que de repente o cão, nas traseiras da casa não se calava, e houve alguém que disse:
- O cão ainda acaba por partir a porta.
Até que a minha tia Eduarda respondeu:
- Estão todos tão animados, que ninguém se apercebeu que o bicho também quer ver o Carlos.
Dito isto correu a soltá‑lo. Ele como doido passou pelo meio de toda a gente e dirigiu‑se a mim aos saltos, lambendo‑me a cara louco de alegria.
A festa durou até às tantas e houve foguetes na Pontinha.