SHERNO ou memórias da guerra na Guiné |
O ADEUS A TITE
ois meses se tinham passado, e dezoito de campanha já estavam completos. Faltavam ainda mais cinco intermináveis meses para nos vermos finalmente livres daquele inferno. E não digo também dos sonhos e dos terríveis pesadelos, porque esses infelizmente, ainda me acompanharam durante mais cinco ou sete anos e ainda hoje embora mais suaves e com muito menos frequência.
As chuvas eram menos intensas, substituídas por dias lindos e de calor sufocante. Tite tinha voltado à calma e já se viviam momentos serenos e menos angustiantes.
Numa bela manhã dissemos adeus a Tite, mas desta vez para nunca mais voltarmos. Com abraços e sorrisos, lá nos fomos despedindo dos companheiros e amigos, até que partimos com a cabeça cheia de más recordações.