SHERNO ou memórias da guerra na Guiné |
PARTIDA PARA FULACUNDA
á conhecíamos todo o sector pertencente ao Batalhão, excepto Fulacunda, que estava reservada, ao 1.º e 4.º pelotões para o fim. E nem sequer nos passou pela cabeça o pesadelo que íamos viver e amargar, quando numa linda manhã de pleno Verão embarcámos numa L.D.M. comandados pelos alferes Souto França e Oliva Samaritano com destino a Bolama.
Desembarcámos em Bolama por volta do meio‑dia e por lá ficámos até ao dia seguinte.
Distribuíram‑nos por uma caserna, e depois de nos livrarmos das armas, e de todo o material que carregávamos, dirigimo‑nos ao refeitório a fim de almoçarmos.
Bolama era um sonho, um autêntico Paraíso, que mais parecia uma colónia de férias, com praia de areia fina e branca ... coisa rara na Guiné, para quem só estava habituado a ver lama e tarráfo.